CÍRIO DE Nª Sª DE NAZARÉ

Círio de Nossa Senhora de Nazaré
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O Círio de Nazaré , em devoção a Nossa Senhora de Nazaré, é a maior manifestação religiosa Católica do Brasil e maior evento religioso do mundo, reunindo cerca de seis milhões de pessoas em todas os cultos e procissões. Em Portugal é celebrada no dia 8 de Setembro na vila da Nazaré e é celebrada, desde 1793, na cidade de Belém do Pará, anualmente, no 2°domingo de outubro. Outras regiões devido à migração de paraenses, acabaram criando as procissões para estarem mais próximos de Belém, mesmo que pelo ato de Fé. O Termo "Círio" tem origem na palavra latina "Cereus", que significa vela grande. No Brasil, no início era uma romaria vespertina, e até mesmo noturna, daí o uso de velas. No ano de 1854, para evitar a repetição da chuva torrencial como a que havia caído no ano anterior, a procissão passou a ser realizada de manhã. O Círio foi instituído em 1793 em Belém do Pará, e até 1882, saía do Palácio do Governo. Em 1882, o bispo Dom Macedo Costa, em acordo com o Presidente da Província, Dr. Justino Carneiro, instituiu que a partida do Círio seria da Catedral da Sé, em Belém.

Alguns estudiosos estão considerando o Círio de Nazaré em Belém do Pará, como sendo a maior manifestação religiosa do Planeta. Consegue congregar dois milhões de pessoas em uma só manhã.

Em Portugal

A Sagrada Imagem de Nossa Senhora da Nazaré, Portugal

Segundo a interessante Lenda da Nazaré a antiquíssima imagem da Virgem teve origem em Nazaré, na Galiléia, e representa a Virgem Maria sentada, de cor escura, tendo no seu colo o Menino Jesus, o qual amamenta. A estátua, entalhada em madeira e identificada como original dos primeiros séculos do Cristianismo, percorreu a cristandade desde Nazaré (Israel) passando por Mérida (Espanha) até surgir no ano de 711 em Nazaré (Portugal). No século XII, se tornou símbolo de fé do cavaleiro D. Fuas Roupinho, o qual mandou erigir a Capela da Memória em agradecimento à Virgem (1182), após milagrosamente ter se salvo de um acidente fatal quando, montado a cavalo, perseguia um cervo. A capela foi erigida sobre uma gruta onde estava a sagrada imagem. Em 1377 o rei D. Fernando (1367-1383) fundou um templo maior, o Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, para onde transferiu a imagem. Desde então, a 8 de Setembro, anualmente, os portugueses se reúnem no Sítio da Nazaré, para reverenciar Nossa Senhora da Nazaré. A principal romaria, o Círio da Prata Grande, vem anualmente do concelho de Mafra e transporta, numa berlinda, uma imagem de Nossa Senhora da Nazaré que não é uma réplica da Verdadeira imagem, pois esta está sentada e a imagem do Círio está de pé, existindo ainda outras diferenças. A imagem de Nossa Senhora da Nazaré venerada no Brasil, em Belém, é semelhante à imagem de Nossa Senhora da Nazaré do principal Círio português.

No Brasil

A introdução da devoção a Senhora da Nazaré, no Pará, foi feita pelos padres jesuítas, no século XVII. Embora o culto tenha se iniciado na povoação da Vigia, a tradição mais conhecida relata que, em 1700, Plácido, um caboclo descendente de portugueses, andava pelas imediações do igarapé Murutucu (área correspondente, hoje, aos fundos da Basílica) quando encontrou uma pequena estátua de Nossa Senhora da Nazaré. Essa imagem, réplica de outra que se encontra em Portugal, entalhada em madeira com aproximadamente 28 cm de altura, encontrava-se entre pedras lodosas e bastante deteriorada pelo tempo e pelos elementos. Plácido levou a imagem consigo para casa, onde tendo-a limpado, improvisou um altar. De acordo com a tradição local, a imagem retornou inexplicavelmente ao lugar do achado por diversas ocasiões até que, interpretando o fato como um sinal divino, o caboclo decidiu erguer às próprias custas uma pequena ermida no local, como sinal de devoção. A divulgação do milagre da imagem santa atraiu a atenção dos habitantes da região, que passaram a acorrer à capela, para render-lhe homenagem. A atenção do então governador da Capitania, Francisco da Silva Coutinho, também foi atraída à época, tendo este determinado a remoção da imagem para a Capela do Palácio da Cidade, em Belém. Não obstante ser mantida sob a guarda do Palácio, a imagem novamente desapareceu, para ressurgir em seu nicho na capela. Desse modo, a devoção adquiriu caráter oficial, erguendo-se atualmente, no lugar da primitiva ermida, uma capela, hoje a suntuosa Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. Em 1773 o bispo do Pará, Dom João Evangelista, colocou a cidade de Belém sob a proteção de Nossa Senhora de Nazaré. No início do ano seguinte (1774), a imagem foi enviada a Portugal, onde foi submetida a uma completa restauração. O seu retorno ocorreu em outubro desse mesmo ano, tendo a imagem sido transportada, do porto até ao santuário, pelos fiéis em romaria, acompanhada pelo Governador, pelo Bispo e pelas demais autoridades, civis e eclesiásticas, escoltadas pela tropa. Este foi considerado o primeiro Círio, que etimologicamente designa uma vela grande de cera. Desde então, o Círio de Nazaré é realizado anualmente, no segundo domingo do mês de Outubro. Entre os milagres mais expressivos atribuídos à imagem de Belém, encontra-se o que envolveu os passageiros do brigue português São João Batista. Partindo de Belém rumo a Lisboa, no dia 11 de Julho de 1846, a embarcação de dois mastros à vela veio a naufragar decorridos poucos dias da partida, sendo os passageiros salvos por um bote que os conduziu de volta a Belém. Este brigue seria a mesma embarcação que, anos antes (1774), havia transportado a imagem de Nossa Senhora de Nazaré a Lisboa, para ser restaurada; o bote que salvou os náufragos também seria o mesmo que tinha levado a imagem até ao brigue ancorado no porto de Belém. O bote passou a acompanhar a procissão a partir do ano de 1885. Apesar de o Círio de Nazaré de Belém (PA) ser o mais conhecido no Brasil, o Círio mais antigo do Brasil data de 8 de setembro 1630 na cidade de Saquarema no Estado do Rio de Janeiro. Após noite tempestuosa a miraculosa imagem de Nossa Senhora de Nazareth foi encontrada por pescadores nos penedos que separa o mar da lagoa onde hoje se encontra a Igreja Matriz. Segundo a lenda, a imagem sempre retornava aos penedos onde foi encontrada, e por este motivo, os religiosos da época acreditando ser um sinal dos céus, resolveram dar início a construção de primeiramente uma capela, que mais tarde deu lugar ao templo atual. O Reconhecimento do Círio de Saquarema como o mais antigo do Brasil se deu com a visita da imagem peregrina de Belém (PA) em 23 de setembro de 2009.

Atualmente as manifestações de devoção religiosas estendem-se por quinze dias, durante a chamada quadra Nazarena. Entre os pontos altos dessa manifestação, destacam-se:

Traslado de Nossa Senhora

Assim chamada, porque marca o percurso da imagem de Nossa Senhora de Nazaré, da Basílica de Nazaré, pelas ruas da cidade, até a igreja matriz, no município de Ananindeua, município vizinho a Belém. Percurso este, feito em carro aberto, onde Nossa Senhora recebe inúmeras homenagens. A imagem da Santa, passa a noite neste município, onde o povo fica durante toda à noite em vigília. Essa Romaria acontece de sexta para sábado, que antecede o domingo do círio.Esta romaria normalmente sai as 9:00 da Basílica de Nazaré, e segue pela Avenida Nazaré, Almirante Barroso, BR-316, Ananindeua, Marituba e volta para Ananindeua até a Igreja Matriz.

Romaria Rodoviária

Depois de uma noite em Ananindeua, e uma missa pela manhã, a imagem parte de madrugada em mais uma procissão, agora em uma nova direção, a Vila de Icoaraci, distrito de Belém. Mesmo sendo de madrugada, os fiéis aguardam a passagem da Santa, rendendo-lhe inúmeras homenagens. A procissão é acompanhada pelos carros da diretoria do círio, carros de polícia, bombeiros, ambulâncias, carros oficiais e civis. Daí a origem do nome da romaria.

NHo Garnier Sampaio (H-37) liderando a romaria fluvial do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em 2005.

ROMARIA FLUVIAL

Nesta romaria, a imagem da Santa é levada de barco, pela Baia do Guajará, baía esta que cerca a cidade de Belém, e é seguida por inúmeros outros, enfeitados de acordo com as condições do próprio dono. Aqui se vêem barcos, iates e simples canoas de ribeirinhos que seguem a procissão. O percurso Icoaraci-Belém pode levar até 5 horas. Ao chegar no cais do porto da cidade, é recebida por uma multidão e outras homenagens se seguem. A romaria foi introduzida em 1985, como uma forma de homenagear a todos os que vivem e dependem dos rios da região, como a população ribeirinha, que devido suas condições não pode se dirigir a Belém, e com isso, pode fazer suas homenagens.

Moto-Romaria

Por volta das 11 horas da manhã de sábado, a imagem da Santa chega ao cais de Belém, dali a imagem segue em carro aberto, agora seguida por motoqueiros que buzinam incessantemente, anunciando a passagem da Santa, o povo para nas ruas seus afazeres, saem de suas casas, e saúdam a Virgem, com as mãos levantadas, como a pedir a bênção. A Romaria se estende pelas ruas da cidade até o Colégio Gentil Bittencourt, onde uma outra multidão de fiéis espera a Imagem. E à noite, logo após a missa, dará início a Trasladação.

Trasladação

A trasladação da imagem ocorre uma noite antes do Círio, em uma procissão à luz de velas. Simbolicamente visa recordar a lenda do descobrimento da imagem e o retorno ao local de seu primeiro achado. Nesta cerimonia somente a Berlinda (carro onde é levada a imagem de Nossa Senhora) é utilizada, num trajeto em sentido inverso ao do Círio

Procissão do Círio

Que atualmente reúne centenas de milhares de fiéis (cerca de 2 milhões ou ate mais), em um cortejo, que em épocas recentes chegou a durar cerca de nove horas, e que hoje, devido a uma melhor organização e planejamento por parte da diretoria da festa demora bem menos, percorrendo uma distância de cerca de cinco quilômetros entre a Catedral Metropolitana e a Basílica de Nazaré. Esta celebração é dividida em três momentos: o Círio propriamente dito evento é iniciado às seis horas da manhã com a celebração de uma missa, após a qual os fiéis se postam nas ruas ao longo do trajeto. Às sete horas, o Arcebispo conduz a imagem de Nossa Senhora até a Berlinda, para dar início ao Círio. Antigtamente e até o iníco dos anos 2000, chegava no destino por volta das duas horas da tarde. Hoje, isso acontece anetes mesmo do meio-dia a imagem chega à Basílica de Nazaré, sendo retirada da Berlinda para a celebração litúrgica.

Recírio

Duas semanas após o Círio, acontece o Recírio, uma procissão de despedida.

Os símbolos

O Círio tem vários objetos simbólicos que podem ser apreciados durante o seu trajeto. Os principais são:

A berlinda, que leva a imagem da Santa;

A corda, espaço de pagamento de promessas dos romeiros.

* A corda, que sustenta a fé na padroeira dos paraenses, possui a média de 400 metros de comprimento e pesa aproximadamente 700 quilos, de puro sisal torcido, que requer maior sacrifício físico e emocional. Incorporada à celebração em 1868, originalmente substituía a junta de bois que até então puxava a berlinda da imagem; posteriormente passou a ser utilizada para separar a berlinda e o carro dos milagres da multidão que a acompanha. No ano de 2005 a direção do Círio, modificou o formato da corda, que ao invés de contornar a berlinda como normalmente era feito, a corda ainda do mesmo tamanho, veio na forma de um rosário, na tentativa de que não ocorressem atrasos no traslado, como já havia ocorrido anos antes.

O manto é mais um dos símbolos da Festa de Nazaré. A cada procissão, há sempre um novo manto envolvendo a figura de Nossa Senhora. O manto tem sempre uma conotação mística, relatando partes do evangelho. Confeccionado com material caro e importado. O trabalho da confecção do manto iniciou-se pelas filhas de Maria. Anos depois, assumindo a confecção do mesmo, a irmã Alexandra, da Congregação das Filhas de Sant’Ana. Com a sua morte, a confecção do manto ficou por conta de uma ex-aluna do Colégio Gentil Bittencourt, que por 19 anos o teceu, e de suas mãos saíram os mais belos mantos. A confecção do manto é toda envolvida em clima de mistério, feitas com a ajuda de doações, quase sempre anônimas.

As velas, ou círios, são feitas de cera, em vários formatos, retratando partes do corpo humano, ou ainda, uma vara de cera da mesma altura do pagador da promessa. As velas, são um símbolo da fé dos promesseiros, que através delas, 'pagam' a uma graça alcançada.

Os carros de promessas ou dos milagres, que recolhem os ex-votos ilustrativos das graças alcançadas pelos fiéis;

As crianças, tradicionalmente vestidas de anjos;

As homenagens de fogos de artifício, queimados durante a passagem da imagem pelas ruas do centro histórico de Belém.

Outros símbolos também integram a tradição:

As novenas, ciclos de orações realizadas durante as semanas que antecedem a festividade, por devotos que realizam pequenas romarias pelas casas de vizinhos.

Os cartazes oficiais anunciando a festividade.

O almoço com a família, realizado no domingo da procissão, como um ato de comunhão. Tradicionalmente é composto de:
o Pato no tucupi, tradicional prato da culinária paraense, acompanhado de arroz branco. O Maniçoba, também tradicional item da culinária da região.

O arraial no largo de Nazaré, em frente à Basílica.
* os brinquedos de miriti.

Datas e quantidade de pessoas



A procissão do Círio acontece a cada segundo domingo de Outubro, sua data portanto é móvel. A seguir a numeração ordinal dos Círios de Nazaré, as suas datas, e a quantidade aproximada de pessoas que participaram.

* 218° - 10 de outubro de 2010 : 2 milhões e 250 mil pessoas, durou 6 horas
* 217° - 11 de outubro de 2009 : 2 milhões e 200 mil pessoas, durou 7 horas
* 216° - 12 de outubro de 2008: 2 milhões de pessoas, durou 7 horas
* 215° - 14 de outubro de 2007: 2 milhões e 700 mil pessoas, durou 7 horas
* 214º - 8 de outubro de 2006: 2 milhões e 250 mil pessoas, durou 5 horas e meia
* 213º - 9 de outubro de 2005: 2 milhões de pessoas, durou 5 horas(devido a um incendio,o trajeto foi encurtado e esse Cirio virou o mais rapído da historia.)
* 212º - 10 de outubro de 2004: 1 milhão e 700 mil pessoas, durou mais de 9 horas (o mais longo da historia e o ultimo a usar a corda em formato de "U",passando a ter 5 estações,como o rosario catolico.)
* ...
* 1º - 8 de setembro de 1793 (quarta-feira)

Matéria em construção...

ROMARIA DE Nª Sª DA AGONIA


Chega a Páscoa e a Primavera, e Portugal inteiro entra no rítmo de festa, até aos primeiros anúncios do outono. Rítmo que, aliás, apenas abranda nos meses de inverno. As aldeias celebram seu patrono principal na Igreja da paróquia e na praça que a rodeia ou então o santo titular de uma capela secundária, no desvio de uma rua, ou de uma ermida rural; as cidades importantes multiplicam as festividades, que culminam geralmente com a festa municipal ou do "Concelho, festa que pode durar vários dias e juntar à espontaneidade da multidão, que então ocupa a rua, as cerimônias religiosas,os espetáculos e desfiles programados e organizados pela respectiva administração; para certos santuários importantes converge a população da região, ocasionando consideráveis deslocações demográficas, quer através dos meios populares e rurais como carroças e camiões, ou até gupos de caminhantes, que invadem estradas e caminhos de regiões inteiras, quer de auto carros(ônibus) ou de combóios(trem). No Brasil, por força de nossa cultura-comum também é exatamente assim. Romaria de Nazaré em Belém do Pará, romaria dos navegantes em Porto Alegre, romaria de Aparecida em São Paulo, festa do Divino em Santa Catarina e tantas outras manifestaçôes da fé luso-católica, trazidas pelos irmãos portugueses.

Matéria em construção...

...E ASSIM NASCEU CABO VERDE





Cabo Verde
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Coordenadas: 14º 55' N 23º 31' O

República de Cabo Verde

Bandeira de Cabo Verde













Brasão de Cabo Verde


Lema: Unidade, Trabalho, Progresso
Hino nacional: Cântico da Liberdade
Gentílico: Cabo-verdiano

Localização de Cabo Verde

Capital Praia
14° 55' N 23° 31' O
Cidade mais populosa Praia
Língua oficial Português (oficial), Crioulo cabo-verdiano (não oficial)
Governo: República parlamentarista
- Presidente: Pedro Pires
- Primeiro-ministro: José Maria Neves
- Presidente eleito: Jorge Carlos Fonseca

História

- Descoberta 1460
- Independência política de Portugal: 5 de Julho de 1975
- Multipartidarismo: 13 de Janeiro de 1990

Área total: 4 033 km² (146.º)
- Água: (%) desprezível
População: estimativa de 2008 - 499.792 hab. (167.º)
- Censo de 2000 - 436 821 hab.
- Urbana: 303 512 hab. (91.º)
- Densidade: 118 hab./km² (65.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2010: US$ 1,946 mil milhões (174.º)
- Renda per capita: US$ 3 548,49 (126.º)

Indicadores sociais

- IDH (2010): 0,534 (118.º) – médio
- Esper. de vida: 71,7 anos (101.º)
- Mort. infantil: 24,6/mil nasc. (108.º)
- Alfabetização: 81,2% (118.º)
Moeda: Escudo cabo-verdiano (indexado ao euro) (CVE)
Fuso horário Horário de Cabo Verde - CVT (UTC-1)
- Verão: (DST) Não tem (UTC-1)
Clima: Árido
Org. internacionais ONU, OMC, CPLP, UA, CEDEAO,
Cód. ISO: CPV
Cód. Internet: cv
Cód. telef. +238
Website governamental http://www.governo.cv/

Cabo Verde é um país insular africano, arquipélago de origem vulcânica, constituído por dez ilhas, sendo nove habitadas. Está localizado no Oceano Atlântico, a 640 km a oeste de Dakar, Senegal. Outros vizinhos são a Mauritânia, a Gâmbia e a Guiné-Bissau, ou seja, todos na faixa costeira ocidental da África que vai do Cabo Branco às ilhas Bijagós. Curiosamente, o Cabo Verde que dá nome ao país não se situa nele, mas a centenas de quilómetros a leste, perto de Dakar, no Senegal.

Foi descoberto em 1460 por Diogo Gomes ao serviço da coroa portuguesa, que encontrou as ilhas desabitadas e aparentemente sem indícios de anterior presença humana. Foi colónia de Portugal desde o século XV até à sua independência em 1975.
Obs. curiosa: este navegador esteve bem próximo do Brasil, 40 anos antes de Cabral.

História

Igreja Nossa Senhora do Rosário, construída em 1495, a mais antiga igreja colonial do mundo, Cidade Velha, Ilha de Santiago.

A história refere, que a descoberta de Cabo Verde se deu no século XV, mais precisamente em 1460. A colonização portuguesa começou logo após a sua descoberta, sendo as primeiras ilhas a serem povoadas as de Santiago e Fogo. Para incentivar a colonização a corte portuguesa estabeleceu uma carta de privilégio aos moradores de Santiago do comércio de escravos na Costa da Guiné. Em Ribeira Grande – Santiago - estabelece-se a primeira feitoria. Foi estabelecida uma feitoria em Ribeira Grande - Ilha de Santiago, que serviu de ponto de escala para os navios portugueses e para o tráfego e comércio de escravos, que começava a crescer por essa época. Mais tarde, com a abolição da escravatura e com condições climáticas poucos favoráveis, devido à sua situação geográfica, o país começou a dar sinais de fragilidade e entrou em decadência tendo uma economia pobre e de subsistência. No século XX, a partir da década de 50, começam a surgir os movimentos libertação e independentistas um pouco por todo o continente africano. Cabo Verde vinculou-se à luta pela libertação da Guiné.

A posição estratégica das ilhas nas rotas que ligavam Portugal ao Brasil e ao resto da África contribuíram para o fato dessas serem utilizadas como entreposto comercial e de aprovisionamento. Abolido o tráfico de escravos em 1876, o interesse comercial do arquipélago para a metrópole decresceu, só voltando a ter importância a partir da segunda metade do século XX. No entanto já tinham sido criadas as condições para o Cabo Verde de hoje: europeus e africanos uniram-se numa simbiose, criando um povo de características próprias.

O processo de Independência

As origens históricas nacionais da independência de Cabo Verde podem ser localizadas no final do século XIX início do XX. Não foi um processo linear nem unânime, mas já neste período a independência foi acenada. Surgindo como uma hipótese de solução extrema para os problemas ou das reivindicações da elite crioula de então. Esta que reclamava devido o desleixo ou negligência da metrópole em relação ao que se passava em Cabo Verde.

Com o processo de formação nacional, muito cedo a máquina administrativa foi sendo assegurada pelos nascidos em Cabo Verde, ou que já tinham grande identificação com a colónia, com excepção aos cargos elevados como, governadores, chefes militares etc., ainda reservados aos representantes da soberania de Portugal. Esta suposta “auto-suficiência” administrativa estava associada à sua relativa escolarização e à existência de uma imprensa mais ou menos dinâmica introduzida por Portugal em Cabo Verde, que, acabaram por contribuir para o surgimento de uma elite intelectual e burocrática nestas ilhas. Ainda em grau menor, esta elite entrou no século XX a discutir cada vez mais a questão da independência, gerando um clima de atrito com os representantes da metrópole. Os leitores que acompanhavam a imprensa oficial entendiam que se devia lutar pela independência ou, pelo menos, por uma autonomia honrosa.

A metrópole denominava os indígenas como mandriões, desleixados, indolentes, bêbados etc. Como um exemplo de reação a isso, Eugénio Tavares escreve em 1912: “O indígena de Cabo Verde é Ativo e Trabalhador”. Esta rivalidade arrasta-se até a independência de Cabo Verde.

Em 1956 Amílcar Cabral, Aristides Pereira, Luís Cabral, entre outros jovens patriotas da hoje Guiné-Bissau e Cabo Verde, fundaram o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) que surgiu no contexto do movimento libertador africano que ganhava força depois da Segunda Guerra Mundial. Onde formaram uma unidade popular para lutar contra o que chamavam de “deplorável política ultramarina portuguesa, afirmando que as vítimas dessa política desejavam ver-se vires do domínio português”.

A 19 de Dezembro de 1974 foi assinado um acordo entre o PAIGC e Portugal, instaurando-se um governo de transição em Cabo Verde, Governo esse que preparou as eleições para uma Assembleia Nacional Popular. A 5 de Julho de 1975 proclamou-se a independência do país, considerado na altura por muitos como um país inviável, devido às suas próprias fragilidades, havendo mesmo vozes políticas em Portugal, como é o caso de Mário Soares, contra a independência do arquipélago, afirmando que Cabo Verde deveria usufruir de autonomia adminstrativa tal como os outros arquipélagos portugueses, Açores e Madeira. Em 1991, o país conheceu uma viragem na vida política nacional, tendo realizado as primeiras eleições multipartidárias, instituindo uma democracia parlamentar.

Política

Cabo Verde é uma república democrática semipresidencialista (parlamentarismo mitigado), com regime multipartidário. O governo é baseado na constituição de 1980, que institui o regime de partido único, revista em 1990 para introduzir o multipartidarismo e em 1992 para ajustá-la na totalidade com os valores da democracia multipartidária. As eleições são presidenciais (para eleger o Presidente da República) e legislativas (para eleger os deputados nacionais), que são eleitos para mandatos de cinco anos. O presidente do partido com maioria na Assembleia Nacional (Parlamento) é empossado como Primeiro-ministro. Apesar de ainda não haver ocorrido, há a possibilidade de o Presidente da República ser de um partido e o Primeiro-ministro de outro.

O Presidente da República, a Assembleia Nacional e o Conselho Superior da Magistratura Judiciária (esses também eleitos pela Assembleia Nacional) participam na eleição dos membros do Supremo Tribunal da Justiça.

Divisão administrativa

Paços do Concelho na Cidade da Praia.

Vista da cidade de Mindelo na baía do Porto Grande, com o Monte Cara (à esquerda) e Santo Antão (ao fundo, à direita).

A capital de Cabo Verde é a cidade da Praia na Ilha de Santiago que, juntamente com o Mindelo, na Ilha de São Vicente, são as duas cidades principais do País. Até 2005 Cabo Verde contava com 17 concelhos. No primeiro semestre de 2005 foi aprovada pela Assembleia Nacional cabo-verdiana a constituição de cinco novos concelhos, resultando nos atuais 22 concelhos, distribuídos pelas 10 ilhas do arquipélago:

Ilha da Boa Vista

* Boa Vista

Ilha Brava

* Brava

Ilha do Maio

* Maio

Ilha do Sal

* Sal

Ilha de São Nicolau

* Concelho da Ribeira Brava
* Tarrafal de São Nicolau

Ilha do Fogo

Pico do Fogo, o ponto mais elevado do arquipélago, com 2829 m.

* Mosteiros
* São Filipe
* Santa Catarina do Fogo

Ilha de Santo Antão

* Paul
* Porto Novo
* Ribeira Grande

Ilha de Santiago

* Praia
* Santa Catarina,
* Santa Cruz
* São Domingos
* São Miguel
* Tarrafal
* Ribeira Grande de Santiago
* São Lourenço dos Órgãos
* São Salvador do Mundo

Ilha de São Vicente

* São Vicente

Geografia

Vista de satélite do Arquipélago de Cabo Verde.

A atividade piscatória é uma das principais da economia cabo-verdiana.



Cabo Verde é um arquipélago localizado ao largo da costa da África Ocidental. As ilhas vulcânicas que o compõem são pequenas e montanhosas. Existe um vulcão ativo, na ilha do Fogo, que é igualmente o ponto mais elevado do arquipélago, com 2829 m. O país é constituído por 10 ilhas, das quais 9 habitadas, e vários ilhéus desabitados, divididos em dois grupos:

* Ao norte, as ilhas de Barlavento. Relacionando de oeste para leste: Santo Antão, São Vicente, Santa Luzia (desabitada), São Nicolau, Sal e Boa Vista. Pertencem ainda ao grupo de Barlavento os ilhéus desabitados de Branco e Raso, situados entre Santa Luzia e São Nicolau, o ilhéu dos Pássaros, em frente à cidade de Mindelo, na ilha de São Vicente e os ilhéus Rabo de Junco, na costa da ilha do Sal e os ilhéus de Sal Rei e do Baluarte, na costa da ilha de Boa Vista;

Deserto Viana, Ilha da Boa Vista.

* Ao sul, as ilhas de Sotavento. Enumerando de leste para oeste: Maio, Santiago, Fogo e Brava. O ilhéu de Santa Maria, em frente à cidade de Praia, na Ilha de Santiago; os ilhéus Grande, Rombo, Baixo, de Cima, do Rei, Luís Carneiro e o ilhéu Sapado, situados a cerca de 8 km da ilha Brava e o ilhéu da Areia, junto à costa dessa mesma ilha.


Vista da Ribeira de São Domingos,a partir de Água de Gato, Ilha de Santiago.

As maiores ilhas são a de Santiago a sudeste, onde se situa Praia, a capital do país, e a ilha de Santo Antão, no extremo noroeste. Praia é também o principal aglomerado populacional do arquipélago, seguida por Mindelo, na ilha de São Vicente.


Praia Grande, Calhau São Vicente.

Pontos extremos

* N Norte: Ponta do Sol, na ilha de Santo Antão 17° 11′ N 25° 05′ W
* S Sul: Ponta Nhô Martinho, na ilha Brava 14° 49′ N 24° 42′ W
* E Leste: Ilhéu do Roque, na ilha da Boa Vista 16° 05′ N 22° 40′ W
* W Oeste: Ponta Chão de Morgado, na ilha de Santo Antão 17° 03′ N 25° 21′ W
* H Altitude máxima: Pico do Fogo, na ilha do Fogo (2.829 m alt.) 14° 57′ N 24° 20′ W

Clima

O arquipélago de Cabo Verde está localizado na zona sub-saheliana, com um clima árido ou semi-árido. O oceano e os ventos alíseos moderam a temperatura. A média anual raramente é superior a 25 °C e não desce abaixo dos 20 °C. A temperatura da água do mar varia entre 21 °C em Fevereiro e 25 °C em Setembro.

As estações do ano são fundamentalmente duas: as-águas e as-secas ou tempo das brisas.

A estação chuvosa, de Agosto a Outubro, é muito irregular e geralmente com fraca pluviosidade, em especial nas ilhas de São Vicente e Sal, onde tem havido vários anos seguidos sem chuva. As ilhas mais acidentadas, como Santo Antão, Santiago e Fogo, beneficiam de maior pluviosidade.

A estação mais seca, de Dezembro a Julho, é caracterizada por ventos constantes. A chamada bruma seca, trazida pelo vento harmatão das areias do Saara, chega a provocar a interrupção dos serviços nos aeroportos.

Economia

Cabo verde é um estado arquipélago com uma economia subdesenvolvida e que sofre com uma carência de alternativa de recursos e com o crescimento populacional. Os principais meios económicos são a agricultura, a riqueza marinha do arquipélago, a prestação de serviços que corresponde a 80% do PIB, e mais recentemente o turismo que tem ganhado crescente relevância. As principais ilhas turísticas são a Ilha do Sal e a Ilha da Boa Vista.

A agricultura sofre com os constantes períodos de seca e carece de uma melhor infra-estrutura e modernização das técnicas agrícolas, os investimentos que atenderiam a essa necessidade seriam através de uma melhor educação dos cultivadores e da organização de um mercado de consumo dos produtos. Os produtos desta agricultura de sequeiro, com base na associação tradicional do milho e dos feijoeiros anuais, destinam-se basicamente ao mercado interno cabo-verdiano (embora não satisfaçam a procura, sendo indispensável uma importação maciça de alimentos). Também têm se introduzido novas culturas de produtos e plantas como legumes, frutas e hortaliças para a distribuição interna do mercado. Os principais produtos exportados são o café, a banana e a cana de açúcar que possuem mercados restritos e limitados.

No setor de pescas vem sendo implantado uma modernização dos meios artesanais e métodos tradicionais para um melhor aproveitamento desses recursos isso vendo sendo feito através do apoio de organismos especializados, porém a rentabilidade da pesca exige uma industrialização do pescado e a organização dos mercados para que seja escoada a produção.

Nos dias atuais o turismo tem se tornado uma importante fonte económica para o país, o que dificulta é a questão estrutural. Cabo Verde necessita de um desenvolvimento das estradas, portos e aeroportos, de meios de comunicação rápidos e frequentes além da criação de uma forte rede hoteleira que atenda a necessidade dos turistas.

Portugal tem fortemente cooperado e ajudado Cabo Verde a nível económico e social, o que resultou na indexação de sua moeda, o escudo cabo-verdiano, ao Euro, e no crescimento de sua economia interna. O ex-Primeiro-ministro de Portugal, José Durão Barroso, e Presidente da Comissão Européia no segundo semestre de 2004, prometeu integrar Cabo Verde à área de influência da União Europeia, através de maior cooperação com Portugal.

A economia cabo-verdiano desenvolveu-se significativamente desde o final da última década. Nos dias atuais esta transformação é sustentada por um vasto programa de infra-estrutura por parte do governo em domínios vitais como os transportes terrestres, os transportes marítimos, os transportes aéreos, as comunicações, entre outros.

O país tem muitos emigrantes espalhados pelo mundo (com especial foco para EUA e Portugal) que contribuem com remessas financeiras significativas para o seu país de origem.

Demografia e estrutura social

Os cabo-verdianos são descendentes de antigos escravos africanos e dos seus senhores portugueses. Grande parte dos cabo-verdianos emigra para o estrangeiro, principalmente para os Estados Unidos, Portugal e Brasil, de modo que há mais cabo-verdianos a residir no estrangeiro que no próprio país.

Marcadamente jovem na sua estrutura etária, com 40% dos efetivos entre os 0-14 anos (estimativa 2005) e apenas 6% acima dos 65 anos, a média de idades da população cabo-verdiana ronda os 24 anos.

A esperança média de vida, que em 1975 rondava os 63 anos, atinge, em 2003, os 71 anos (67 para homens; 75 para as mulheres). A taxa de mortalidade infantil, que em 1975 rondava os 110‰, representava, em 2004, um valor de 20‰ (44‰ em 1990; 26‰ em 2000), um valor inferior às taxas de outros países de categoria de rendimento semelhante.
Vila Nova Sintra, Ilha Brava.

A taxa de crescimento da população, dependente dos fluxos migratórios, situou-se, no decénio 1990-2000 (data do último censo populacional), em cerca de 2,4%, valor que se manteve constante até 2005. De aí em diante prevê-se que a mesma estabilize em torno dos 1,9%. Os agregados familiares, em 2006, eram constituídos, em média, por 4,9 membros (5 no meio rural e 4,5 no meio urbano).

Vista parcial da baía do Porto Grande ilha de São Vicente.


Emigração cabo-verdiana

Os principais destinos da emigração cabo-verdiana são:



Estados Unidos: 250 000 (Boston, New Bedford e Pawtucket)
Portugal: 100 000 (Lisboa, Setúbal, Porto e Faro)Países Baixos: 37 500
Angola: 35 000
Senegal: 22 500
Brasil: 19 500

Estrutura social

Ao contrário dos países do continente africano, não há etnias em Cabo Verde. Em contrapartida, a trajetória histórica do país incluiu, desde o início, um processo de formação de classes sociais. Neste momento, pode constatar a ausência de uma "burguesia", mas a existência de vários tipos de "pequena burguesia", numericamente significativos. A grande maioria da população é, no entanto, constituída pelo campesinato e algum operariado.

Cultura

Cena de rua em Porto Novo, Ilha de Santo Antão.

Em todos os seus aspectos, a cultura de Cabo Verde caracteriza-se por uma miscigenação de elementos europeus e africanos. Não se trata de um somatório de duas culturas, convivendo lado a lado, mas sim, um terceiro produto, totalmente novo, resultante de um intercâmbio que começou há quinhentos anos.

O caso cabo-verdiano pode ser situado no contexto comum das nações africanas, no qual as elites, que questionaram a superioridade racial e cultural europeia e que, em alguns casos, empreenderam uma longa luta armada contra o imperialismo europeu e pela libertação nacional, utilizam hoje o domínio dos códigos ocidentais como principal instrumento de dominação interna.

Língua

A língua oficial é o português, usada nas escolas, na administração pública, na imprensa e nas publicações. A língua nacional de Cabo Verde, a língua do povo, é o crioulo cabo-verdiano (criol, kriolu). Cabo Verde é formado por dez ilhas e cada uma tem um crioulo diferente. O crioulo está oficialmente em processo de normalização (criação duma norma) e discute-se a sua adopção como segunda língua oficial, ao lado do português.

* Cabo Verde é membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
* Cabo Verde é país-sede de um organismo da CPLP, o Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP).
* O francês e o inglês são lecionados no ensino secundário.
* Existe uma comunidade de imigrantes senegaleses, especialmente na ilha do Sal, que fala também o francês.
* Nos últimos anos constituiu-se, principalmente na cidade da Praia, uma comunidade de imigrantes nigerianos que fala o inglês.

Religião

Os cabo-verdianos são na sua maioria católicos (mais de 90%). Outras denominações cristãs também estão implantadas em Cabo Verde, com destaque para os protestantes da Igreja do Nazareno e da Igreja Adventista do Sétimo Dia, assim como a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mormons), a Congregação Cristã em Cabo Verde, Assembleia de Deus, Testemunhas de Jeová e outros grupos pentecostais e adventistas. Há pequenas minorias muçulmanas e da Fé Bahá'í. A Igreja Universal do Reino de Deus também tem seguidores em Cabo Verde. A liberdade de religião é garantida pela Constituição e respeitada pelo governo. Há boas relações entre as diversas confissões religiosas.

Música



O povo cabo-verdiano é conhecido por sua musicalidade, bem expressa por manifestações populares como o Carnaval de Mindelo, cuja importância faz com que a cidade seja conhecida nos dias dos festejos momescos como "Brazilim" (ou "pequeno Brasil"). Na música, há diversos géneros musicais próprios, dos quais se destacam a morna, o funaná, a coladeira e o batuque. Cesária Évora é a cantora cabo-verdiana mais conhecida no mundo, conhecida como a "diva dos pés descalços", pois gosta de se apresentar no palco assim. O sucesso internacional de Cesária Évora fez com que outros artistas cabo-verdianos, ou descendentes de cabo-verdianos nascidos em Portugal, ganhassem maior espaço no mercado musical. Exemplos disso são as cantoras Sara Tavares e Lura. Outro grande expoente da música tradicional de Cabo Verde foi Antonio Vicente Lopes, mais conhecido como Travadinha.

Feriados

1º de Janeiro: Ano Novo
13 de Janeiro: Dia da Democracia
20 de Janeiro: Dia dos Heróis Nacionais Aniversário da morte de Amílcar Cabral
variável: Terça-feira de Carnaval Festa móvel
variável: Quarta-feira de Cinzas Festa móvel
variável: Sexta-feira Santa, Paixão de Cristo Festa Móvel
1º de Maio: Dia do Trabalhador
19 de Maio: Dia do Município da Praia Feriado somente na capital, Praia
1º de Junho: Dia Internacional da Criança Antigo feriado, restabelecido em 2005
5 de Julho: Dia da Independência
15 de Agosto: Dia da Padroeira Nacional (N.ª Sr.ª das Graças) Dia do Município dos Mosteiros
1º de Novembro Dia de Todos os Santos
25 de Dezembro: Natal

Referências

1. ↑ O Portal da Língua Portuguesa - Dicionário de Gentílicos e Topónimos cita também a forma “cabo-verdense”. Já o dicionário Houaiss regista a forma “cabo-verdense” apenas como adjetivo.
2. ↑ Instituto Nacional de Estatística - Cabo Verde
3. ↑ a b Cabo Verde. Fundo Monetário Internacional. Página visitada em 19 de Junho de 2010.
4. ↑ Ranking do IDH 2010. PNUD. Página visitada em 4 de novembro de 2010.
5. ↑ Decisão 98/744/CE do Conselho, de 21 de Dezembro de 1998, relativa aos aspectos cambiais relacionados com o escudo cabo-verdiano
6. ↑ http://www.un.cv/sobrecv.php#2
7. ↑ LOPES, José Vicente. Cabo Verde, as Causas da Independência. Praia, 2005.
8. ↑ Veja Brígida Rocha Brito e outros, Turismo em Meio Insular Africano: Potencialidades, constrangimentos e impactos, Lisboa: Gerpress, 2010
9. ↑ Ver Carlos Teixeira Couto, Incerteza, adaptabilidade e inovação na sociedade rural da Ilha de Santiago de Cabo Verde, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010.
10. ↑ Víctor Reis, Desenvolvimento em Cabo Verde: As opções estratégicas e o investimento directo estrangeiro, Lisboa:MIMO, 2011
11. ↑ História concisa de Cabo Verde / coordenado e organizado por Maria Emília Madeira Santos, Maria Manuel Ferraz Torrão e Maria João Soares. Lisboa: Instituto de Investigação Científica Tropical, Praia (Cabo Verde): Instituto da Investigação e do Património Culturais, 2007. Pg.21-30
12. ↑ Michel Lesourd, Etat et société aux îles du Cap Vert, Paris: Karthala, 1995
13. ↑ APPIAH, Kwame Anthony (1997). Na casa de meu pai. Rio de Janeiro, Contraponto.

CIDADE VELHA - BERÇO DA CABO-VERDIANIDADE

Ruínas da Sé na Cidade Velha

Situada a cerca de doze quilómetros a oeste da atual capital, a antiga capital de Cabo Verde foi implantada num vale profundo rodeado por altas montanhas escarpadas; o vale é atravessado por duas ribeiras que acabam por unir-se, formando um só curso de água; foram essas ribeiras que criaram a paisagem luxuriante do vale e que lhe deram o nome, Ribeira Grande.

Da fixação inicial, junto à baía, a cidade cresceu e desenvolveu-se em duas direções: uma ocupou praticamente todo o interior do vale, a outra acompanhou a linha da costa; deste processo resultou um conjunto completamente envolto pelas montanhas, tendo como únicos acessos o porto e as antigas portas.

A cidade estrutura-se em sucessivas plataformas, que correspondem a outras tantas fases da sua construção; as duas mais baixas são conhecidas como «baixa», sendo as restantes a «alta».

Cidade Velha

A primeira plataforma é a do largo central, apenas cinco metros acima do nível do mar; nesta zona quatrocentista, destacavam-se os edifícios da Igreja e do Hospital da Misericórdia, da Casa da Câmara e Cadeia (já desaparecidos) e o Pelourinho.

A segunda plataforma, entre os cinco e os dez metros, formada no século XVI, abrange os primeiros quarteirões contíguos ao largo; nas suas proximidades, situam-se as ruínas do Convento de São Francisco e a plataforma de São Brás, onde viriam a instalar-se os jesuítas, no século XVII.

No segundo grupo de plataformas, entre os 20 e os 100 metros, destaca-se o Bairro de São Sebastião, dominado pelas ruínas da Sé, e onde se encontrava o Palácio Episcopal; foi uma zona de expansão da cidade e formou-se a partir das obras da Catedral, que tiveram lugar nos finais de Quinhentos.

Na última plataforma, situada acima dos cem metros, encontra-se o reduto defensivo da cidade: o Forte de São Filipe, também quinhentista.

Primeira fundação de uma cidade portuguesa no mundo africano (em 1462), foi sucessivamente assaltada e saqueada por piratas e corsários ingleses, ao ponto de ter de ser abandonada, no século XVIII, altura em que a cidade da Praia, mais abrigada, foi transformada em capital do arquipélago (1769).

Com o passar do tempo, ganhou o nome por que agora é conhecida, simplesmente Cidade Velha.

Fonte: http://biztravels.net/biztravels/monuments.php?id=270&lg=pt


CIDADE VELHA

Cidade Velha, a 15 km a oeste da Praia, na costa, foi a primeira cidade construida pelos europeus nos trópicos e primeira capital de Cabo Verde, quando era chamada de Ribeira Grande. Mudou de nome para evitar ambigüidade com povoação de outra ilha. A cidade nasceu e desenvolveu-se por conta do tráfico negreiro. Em 1520 foi erguido o primeiro pelourinho na ilha, que hoje é monumento numa praça.

Vista sobre o Mar de Cidade Velha

A cidade foi porto de parada de dois grandes navegadores: Vasco da Gama, em 1497, a caminho da Índia, e Cristóvão Colombo, em 1498, em sua terceira viagem para as Américas. Em Cidade Velha está a mais antiga igreja colonial do mundo, construída em 1495, a Igreja Nossa Senhora do Rosário, no estilo manuelino (gótico português).

A Sé Catedral da cidade começou a ser construída em localização privilegiada, frente ao oceano, em 1555, e terminou em 1693, quando a cidade já tinha perdido muito de sua importância e, hoje, está em ruínas. O Forte Real de São Filipe, que domina a cidade do alto de 120 metros de altitude, foi construído em 1590 para defender a colônia portuguesa dos ataques dos franceses e ingleses.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade_Velha

A CIDADE VELHA - O BERÇO DA NOSSA NACIONALIDADE

Cidade Velha é o berço da cabo-verdianidade. É também a toponímia do que foi a antiga Cidade da Ribeira Grande, que foi capital do arquipélago de Cabo Verde durante alguns séculos. Foi a primeira Cidade que os portugueses tiveram em África, na sua aventura dos descobrimentos. Daí ser uma referência obrigatória no contexto histórico das ilhas de Cabo Verde. Dela restam apenas as ruínas debruçadas tristemente sobre o eterno mar azul do arquipélago e dormem sob o peso dos anos do momento esquecimento dos homens.

Cidade Velha

Foi na Cidade Velha que nasceu o Homem crioulo. Foi o ponto de encontro dos primeiros europeus e negros da costa de África trazidos para o povoamento dessas ilhas.

Do cruzamento destas duas raças distintas originou uma população mestiça. À miscigenação que se traduz não só no aspecto físico, mas também no aspecto cultural. A evolução do dialeto crioulo, com diferenças de uma ilha para outra onde as variantes fonéticas provêm de muitas línguas africanas, fica a dever-se a miscegenação atrás referida.

A antiga cidade da Ribeira Grande teve ainda um papel preponderante no apoio à expansão portuguesa e no desenvolvimento do comércio e de navegação de longo curso. Cidade Velha foi ainda a primeira capital eclesiástica e civil em Cabo Verde. Em 1462, foi erigida na Ribeira Grande a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, o que leva a concluir que por essa época já havia sacerdotes em Cabo Verde.

Cidade Velha - Santiago

Situada a escassos 12 quilómetros da atual capital cabo-verdiana, o berço da cabo-verdianidade é hoje um ponto turístico por excelência. Os seus monumentos históricos fazem dela um lugar aprazível principalmente para aqueles que se interessam pela história de um povo surgido de cruzamento de várias raças.

A sua Sê Catedral, a primeira que os portugueses erigiram no continente negro, encontra-se hoje em ruínas. Todavia, o pouco que ainda sobra está a ser preservado a fim de evitar que desapareçam referências importantes de Cabo Verde, e em particular de Santiago, ilha-mãe da cultura cabo-verdiana antiga devido à sua posição geo-estratégica, a meio caminho entre o continente africano, a Europa, as Américas e o Oriente, cedo o arquipélago cabo-verdiano foi chamado a desempenhar um papel de placa giratória no quadro das trocas comerciais no tráfico negreiro e no aprovisionamento dos navios em frescos e água. Estes fatores contribuíram para que Ribeira Grande se transformasse rapidamente num centro comercial de certa projeção e daí, em 1533, ter sido erigida em Cidade.

Todavia, Ribeira Grande teve um ciclo de vida relativamente curto. A sua decadência processa-se em ritmo acelerado, principalmente a partir do momento em que perdeu definitivamente a sua posição como entreposto de escravos, que eram levados para as plantações nas Américas. Por outro lado, os constantes ataques levados a cabo por navios piratas contribuíram para arruinar a antiga capital cabo-verdiana. Desses ataques, o mais famoso foi o do corsário Drake.

Antiga Ribeira Grande

Também por causa dos pântanos que se formavam junto às praias na estação pluviosa, o que tornava Ribeira Grande vulnerável às doenças, e o fato de seu porto ser muito desabrigado, fizeram com que os navegadores passassem a preferir o Porto da Praia de Santa Maria, que dista apenas seis milhas da então capital cabo-verdiana. Por isso, a 13 de Dezembro de 1769 a sede do governo é transferida para vila da Praia, que em 1858 foi elevada à categoria de Cidade.

Consumava-se, assim, definitivamente a ruína da Cidade Velha. Pelo porto da Ribeira Grande e outros de Cabo Verde passaram alguns navegadores célebres. Entre estes destacam-se Vasco da Gama, Cristóvão Colombo, Pedro Alvares Cabral e Sebastíam Dei Cano. Vasco da Gama aportou na Cidade da Ribeira Grande, quando se encontrava na descoberta do caminho marítimo para a Índia.

FORTALEZA DE S. FILIPE

A Fortaleza de S. Filipe, um dos grandes monumentos históricos da Cidade da Ribeira Grande é o testemunho da presença portuguesa nessas ilhas. Foi construída após o ataque de Drake. em 1585. A Cidade era guarnecida a partir desse forte, cuja construção teria sido iniciada em 1593. Um outro monumento histórico que o visitante pode observar na Cidade da Ribeira Grande é o pelourinho erguido há alguns séculos no largo da cidade. Aqui eram açoitados os escravos. É a memória mais viva da época escravagista em Cabo Verde.

Ruínas

Segundo alguns historiadores, a Ribeira Grande nunca teve o desenvolvimento correspondente à categoria de Cidade. No entanto, por conveniência, o rei D. João III resolveu propor a criação da Diocese de Cabo Verde. O objetivo era facilitar a ordenação de sacerdotes nativos como também para melhor se coordenar a tarefa da evangelização da costa africana, de onde chegaram muitos homens livres para se cristianizarem.

A igreja de Nossa Senhora do Rosário, hoje um património histórico, teria sido construída por volta de 1495. É um dos mais antigos templos da ilha de Santiago e de Cabo Verde. Nessa Igreja pregou o Padre António Vieira, em 1652, de passagem para Brasil, vindo de Portugal. Na altura, o que mais surpreendeu ao grande orador português foi o fato de ter encontrado clérigos e cónegos dotados de uma sabedoria, que segundo ele próprio, faziam inveja aos melhores do Reino.

O Pelourinho da Cidade Velha

Quatro de Maio de 1712 marcou o afundamento irreversível da Cidade Velha. Foi nesse dia que Ribeira Grande é atacada e pilhada por piratas franceses, comandados por Jacques Cassard. O saque foi avaliado em três milhões de libras estrelinhas. Depois desse ataque tudo começou a entrar em decadência. Paulatinamente Cidade Velha ia perdendo a sua influência e mais tarde abandonada. Era aqui que há cinco séculos começava a história da cabo-verdianidade.

Matéria em construção...

A GUERRA DE CANUDOS

GUERRA DE CANUDOS
Origem: HistoriadoBrasil.net

População miserável do Arraial de Canudos

A situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito precária. Fome, seca, miséria, violência e abandono político afetavam os nordestinos, principalmente a população mais carente. Toda essa situação, em conjunto com o fanatismo religioso, desencadeou um grave problema social. Em novembro de 1896, no sertão da Bahia, foi iniciado este conflito civil. Esta durou por quase um ano, até 05 de outubro de 1897, e, devido à força adquirida, o governo da Bahia pediu o apoio da República para conter este movimento formado por fanáticos, jagunços e sertanejos sem emprego.

O beato Antônio Conselheiro, homem que passou a ser conhecido logo depois da Proclamação da República, era quem liderava este movimento. Ele acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os pecados republicanos, entre estes, estavam o casamento civil e a cobrança de impostos. Com estas idéias em mente, ele conseguiu reunir um grande número de adeptos que acreditavam que seu líder realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza na qual se encontravam.

Com o passar do tempo, as idéias iniciais difundiram-se de tal forma que jagunços passaram a utilizar-se das mesmas para justificar seus roubos e suas atitudes que em nada condiziam com nenhum tipo de ensinamento religioso; este fato tirou por completo a tranquilidade na qual os sertanejos daquela região estavam acostumados a viver.

Devido à proporção que este movimento adquiriu, o governo da Bahia não conseguiu por si só segurar a grande revolta que acontecia em seu Estado, por esta razão, pediu a interferência da República. Esta, por sua vez, também encontrou muitas dificuldades para conter os fanáticos. Somente no quarto combate, onde as forças da República já estavam mais bem equipadas e organizadas, os incansáveis guerreiros foram vencidos pelo cerco que os impediam de sair do local no qual se encontravam para buscar qualquer tipo de alimento e muitos morreram de fome. O massacre foi tamanho que não escaparam idosos, mulheres e crianças.

Pode-se dizer que este acontecimento histórico representou a luta pela libertação dos pobres que viviam na zona rural, e, também, que a resistência mostrada durante todas as batalhas, ressaltou o potencial do sertanejo na luta por seus ideais. Euclides da Cunha, em seu livro Os Sertões, eternizou este movimento que evidenciou a importância da luta social na história de nosso país.

ANTÔNIO CONSELHEIRO - era um beato, que andava pelo sertão pregando contra a república, defendendo a volta da monarquia. Seu núcleo, fundado em 1870, resistiu até 1897, quando o general Artur de Andrada Guimarães, acompanhado de 8000 soldados, arrazou e dizimou toda a população de Canudos, restando poucos sobreviventes.
Conselheiro não era apoiado pela Igreja Católica, estabelecendo-se à margem do rio Vaza-Barris, fundando ali a cidade Santa à qual deu o nome de Belo Monte. A cidade era administrada pelo próprio beato que contava com vários sub - chefes.
A sociedade por ele fundada usava como sobrevivência o sistema de trocas.

Conclusão : Esta revolta, ocorrida nos primeiros tempos da República, mostra, tal como hoje, o descaso dos governantes com relação aos grandes problemas sociais do Brasil. Assim como as greves, as revoltas que reivindicavam melhores condições de vida ( mais empregos, justiça social, liberdade, educação etc), foram tratadas como "casos de polícia" pelo governo republicano. A violência oficial foi usada, muitas vezes em exagero, na tentativa de calar aqueles que lutavam por direitos sociais e melhores condições de vida.

...E ASSIM NASCEU FARO






Faro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Coordenadas: 37° 02' N 07° 55' O

Brasão










Bandeira








Vista aérea da cidade de Faro

Gentílico: Farense
Área: 201,59 km²
População: 58 698 hab. (2008)
Densidade populacional: 291 hab./km²
N.º de freguesias: 6
Presidente da Câmara Municipal: Macário Correia (PSD)
Mandato: 2009-2013
Fundação do município (ou foral): 1266
Região (NUTS II): Algarve
Sub-região (NUTS III): Algarve
Distrito: Faro
Antiga província: Algarve
Orago: Santa Maria e São Pedro
Feriado municipal: 7 de Setembro
Código postal: 8000
Endereço dos Paços do Concelho Rua do Município, 25, Faro
8000-398 FARO
Sítio oficial: Câmara Municipal de Faro
Endereço de correio electrónico: geral@cm-faro.pt

Faro é uma cidade portuguesa com 41 934 habitantes, capital do Distrito de Faro, da região, sub-região e ainda da antiga província do Algarve que ocupa uma área de 4960 km² e onde residem 426 386 habitantes (2007). É sede de um município com 201,59 km² de área e 58 698 habitantes (2008), subdividido em 6 freguesias. O município é limitado a norte e oeste pelo município de São Brás de Alportel, a leste por Olhão, a oeste por Loulé e a sul tem costa no Oceano Atlântico. Através do Aeroporto de Faro, a cidade constitui a segunda maior entrada externa do país (a seguir a Lisboa), o que lhe confere uma valência vincadamente cosmopolita.

Limitado a Norte e Oeste pelo concelho de São Brás de Alportel, a Este por Olhão, a Oeste por Loulé e a Sul pelo Oceano Atlântico, é um concelho composto por seis freguesias: Sé, São Pedro, Santa Bárbara de Nexe, Montenegro, Conceição e Estoi. Este concelho agrega seis freguesias e 63 lugares. São Pedro, Sé e Montenegro são consideradas urbanas, Santa Bárbara de Nexe e Conceição medianamente urbanas e Estoi é a única que se enquadra como predominantemente rural.

Transportes

Rede Viária

Faro, assim como o resto do Algarve, apresenta boa rede viária com outras cidades portuguesas e com a Província da Andaluzia, Espanha. As principais vias de ligação ao concelho são a Estrada Nacional 2, Estrada Nacional 125, a Via do Infante (A22). Esta última via está conectada à Ponte Internacional do Guadiana e, por conseguinte, à Estrada N431 da Província de Huelva, Espanha. A Via do Infante é, igualmente, o principal acesso à A2, que liga a região do Algarve à capital do país, Lisboa, num percurso de aproximadamente trezentos quilómetros, correspondentes a cerca de três horas de viagem.

Rede Ferroviária

Da estação de Faro partem serviços regulares de comboios de passageiros de tipologias Regional, Intercidades e Alfa Pendular, operados pela Comboios de Portugal (CP), que asseguram as ligações de passageiros na região e para o resto do território nacional.

Em termos ferroviários, a cidade possui ligações frequentes e céleres a Lisboa (3h01m) e ao Porto (5h49m). Ainda em projeto está a ferrovia de alta velocidade, que prevê uma ligação Faro-Huelva, bem como um ramal de ligação Faro-Beja-Évora que entroncará na futura ligação entre as duas capitais Ibéricas - Lisboa e Madrid.

Rede de Transportes Rodoviários

A partir de um terminal rodoviário em Faro, a EVA transportes, empresa de transporte rodoviário do Algarve opera as carreiras urbanas no concelho. Em virtude da sua ligação a uma rede nacional de expressos, esta empresa rodoviária proporciona um vasto conjunto de ligações de Faro a todas as capitais de distrito.

Aeroporto Internacional de Faro

É um dos principais aeroportos portugueses e encontra-se a cerca de três horas de voo de distância da maioria das capitais europeias. Inaugurado em 11 de Julho de 1965, o Aeroporto Internacional de Faro situa-se a nove quilómetros da cidade. Existe ligação entre o aeroporto e a EN 125-10, que por sua vez, faz a ligação a Faro.Entre o Aeroporto Internacional de Faro e a cidade existe uma ligação efetuada pela empresa EVA, com uma duração de vinte minutos. O táxi é, igualmente, um meio de transporte para chegar a Faro, dado que em frente à porta de chegadas do aeroporto existe uma praça de táxis.

O Aeroporto Internacional de Faro é o ponto privilegiado de partidas e chegadas da região algarvia, principal destino turístico português, de e para onde diversas companhias nacionais e internacionais, charters e low cost garantem deslocações regulares. Aproximadamente cem companhias aéreas de todo o mundo voam a partir de e para o Aeroporto Internacional de Faro. Em termos de volume de passageiros, movimenta quase cinco milhões por ano, volume este essencialmente suportado pelo Turismo e, nos últimos, anos pela expansão das companhias aéreas low cost.

A companhia low cost irlandesa Ryanair tem implementada uma base operacional no Aeroporto de Faro. Outras companhias aéreas como a Easyjet, Transavia, Aer Lingus, Air Berlin, Monarch, Jet 2, LTU Internacional entre muitas outras, possuem voos regulares a partir de Faro. Em virtude do reconhecimento do papel desta infra-estrutura no desenvolvimento do Turismo na região, o Aeroporto Internacional de Faro foi distinguido, em 2007, com a Medalha de Mérito Turístico Grau Ouro atribuída pela Entidade Regional de Turismo do Algarve.

Aeroporto Internacional de Faro.

Principais Distâncias

* Aeroporto Internacional de Faro - Portugal - 6.5 km
* Praia de Faro - Portugal - 9 km
* Portimão - Portugal - 60 km
* Porto - Portugal - 556 km
* Lisboa - Portugal - 277 km
* Huelva - Espanha - 112 km
* Sevilha - Espanha - 201 km
* Gibraltar - Gibraltar - 391 km

História de Faro

As origens de Faro

Os primeiros marcos remontam ao século VIII a.C., ao período da colonização fenícia do Mediterrâneo Ocidental. Seu nome de então era Ossonoba, sendo um dos mais importantes centros urbanos da região sul de Portugal e entreposto comercial, integrado num amplo sistema comercial, baseado na troca de produtos agrícolas, peixe e minérios. Entre os séculos III a.C. e VIII d.C., a cidade está sob domínio Romano e Visigodo, sendo conquistada, vindo a ser conquistada pelos Mouros no ano de 713 d.C, os quais ergueram ali uma fortificação (reforçada por uma nova muralha erigida a mando do príncipe mouro Bem Bekr, no século IX). Durante a ocupação árabe o nome Ossónoba prevaleceu, desaparecendo apenas no século IX, dando lugar a Santa Maria do Ocidente; era então capital de um efémero principado independente.

No século XI passa a designar-se Santa Maria Ibn Harun e o nome de Ossonoba começa a ser substituído. A cidade é fortificada com uma cintura de muralhas.

Na sequência da independência de Portugal, em 1143, o primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques e os seus sucessores iniciam a expansão do país para sul, reconquistando os territórios ocupados pelos Mouros. Depois da conquista por D. Afonso III, em 1249, os portugueses designaram a cidade por Santa Maria de Faaron ou Santa Maria de Faaram.

Nos séculos seguintes, Faro tornou-se uma cidade próspera devido à sua posição geográfica, ao seu porto seguro e à exploração e comércio de sal e de produtos agrícolas do interior algarvio, trocas comerciais que foram incrementadas com os Descobrimentos Portugueses.

Tem, nesse período, uma importante e ativa colónia judaica que no final do século XV imprime localmente o Pentateuco, o primeiro livro português. A comuna de Faro terá sido sempre uma das mais distintas da região algarvia e das mais notáveis do País, em todos os tempos, com muitos artesãos e muita gente endinheirada, sendo frequentes no século XIV as ligações comerciais de judeus e cristãos. A manifesta prosperidade dos judeus farenses no século XV é interrompida pela carta patente de Dezembro de 1496 em que D. Manuel I os expulsa de Portugal, caso não se convertessem ao catolicismo.

Assim, oficialmente, e só neste sentido, deixaram de existir judeus em Portugal, o que também aconteceu em Faro, sendo que, no local onde estava implantada a judiaria, na Vila Adentro, tivesse sido mandado erigir pela terceira esposa de D. Manuel I o Convento de Nossa Senhora da Assunção.

O Rei D. Manuel I promove, em 1499, uma profunda alteração urbanística com a criação de novos equipamentos na cidade - um Hospital, a Igreja do Espírito Santo (Igreja da Misericórdia), a Alfândega e um Açougue - fora das alcaçarias e junto ao litoral. Em 1540, D. João III eleva Faro a cidade e, em 1577, a sede do bispado do Algarve é transferida de Silves para Faro. O saque e o incêndio, em 1596, pelas tropas inglesas de Robert Devereux, 2.º Conde de Essex, danificaram muralhas e igrejas, e provocaram elevados danos patrimoniais e materiais na cidade.

Os séculos XVII e XVIII são um período de expansão para Faro, que foi cercada por uma nova cintura de muralhas durante o período da Guerra da Restauração (1640 - 1668), que abrangia a área edificada e terrenos de cultura, num vasto semicírculo frente à Ria Formosa.

Em 1 de Novembro de 1755, a cidade de Lisboa é arruinada por um grande Sismo que devido à sua intensidade provocou, igualmente, estragos em outras cidades do país, sobretudo no Algarve.

A cidade de Faro sofreu danos generalizados no património eclesiástico, desde igrejas, conventos até o próprio Paço Episcopal. As muralhas, o castelo com as suas torres e baluartes, os quartéis, o corpo da guarda, armazéns, o edifício da alfândega, a cadeia, os conventos de S. Francisco e o de Santa Clara, foram destruídos e arruinados.

Até finais do século XIX, a cidade manteve-se dentro dos limites da Cerca seiscentista de Faro. O seu crescimento gradual sofre um maior ímpeto nas últimas décadas.

Atualidade

A cidade de Faro, capital política e administrativa, detém a maior parte dos serviços administrativos da região e, por conseguinte, uma grande atratividade para a implantação de atividades terciárias e comerciais, subsidiadas pela função habitacional.

Faro assumiu a sua vocação cosmopolita quando da inauguração do seu aeroporto internacional a 11 de Julho de 1965, ainda durante a ditadura de António de Oliveira Salazar. Hoje em dia, e graças ao aumento de procura turística em todo o Algarve, a cidade possui o segundo mais movimentado aeroporto de Portugal atrás do aeroporto da Portela em Lisboa, com um movimento superior a 5 milhões de passageiros por ano. O Aeroporto é ainda utilizado por parte dos turistas que se dirigem para a Andaluzia devido a certos locais desta região espanhola estarem mais próximos de Faro do que de Sevilha.

Geografia

Freguesias

As freguesias de Faro são as seguintes:

* Conceição de Faro
* Estoi (anteriormente Estói)
* Montenegro
* Santa Bárbara de Nexe
* São Pedro (cidade de Faro)
* Sé (cidade de Faro)

Natureza

Ria Formosa

O grande destaque do concelho é a Ria Formosa, que constitui um sapal que se estende pelos concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António, abrangendo uma área de cerca de 18 400 hectares ao longo de 60 quilómetros desde o rio Ancão até à praia da Manta Rota.

A Ria Formosa, é limitada a Sul por um conjunto de ilhas-barreira de cordão arenoso litoral, conhecidas por, península do Ancão (Praia de Faro), ilhas da Barreta, Culatra, Armona, Tavira, Cabanas e península de Cacela. Estas estão dispostas paralelamente à costa, protegendo uma laguna que forma um labirinto de sapais, canais, zona de vasa e ilhotes, que a separa do Oceano Atlântico. As suas dunas, ilhas e barras para o alto mar estão em movimento contínuo conforme as marés. Muitos locais arqueológicos apresentam vestígios de povoações romanas e pré-romanas.

Ao longo de 57 quilómetros de comprimento, este sistema lagunar, o mais extenso da costa portuguesa, tem a sua importância ecológica reconhecida internacionalmente, pelas características naturais únicas que apresenta e pela sua localização geográfica, que fazem desta zona úmida um dos principais biótopos de suporte da avifauna, pelo que tem vindo a ser alvo de proteção legal. Encontra-se assim, abrangida pelas disposições da Convenção de Ramsar e de Berna, integra a Rede Natura 2000, quer como Zona de Proteção Especial estabelecidas ao abrigo da Diretiva Aves, quer como Zona Especial de Conservação e inscrita na lista nacional de sítios ao abrigo da Diretiva Habitats.

Possui uma profundidade média de dois metros e uma disposição irregular dos fundos. Cerca de 14% da superfície lagunar encontra-se permanentemente submersa, e cerca de 80% dos fundos emergem em maré baixa e em regime de marés vivas. Os cursos de água que desaguam no sistema da Ria Formosa (Rio Seco, Gilão, Ribeiras de Almargem, Lacem, Cacela, e outros) são sazonais e de pouco caudal, dada a fraca pluviosidade local. Assim, a ria é alimentada quase exclusivamente por água oceânica.

A cobertura vegetal no interior da Ria Formosa difunde-se em dois ambientes distintos e contíguos: sapais e dunas. Os sapais originam-se em zonas costeiras de águas calmas. O reduzido fluxo das marés facilita a deposição dos detritos e sedimentos em suspensão e assim vão surgindo bancos de vasa onde, a certa altura, há substrato para a vegetação. A colonização tem como pioneira uma Gramínea do género Spartina (na Ria Formosa, S. marítima), que suporta longos períodos de submersão e, por isso mesmo, se instala nas zonas de mais baixa cota, onde forma vastos "prados" de cor verde escura e que constituem o baixo sapal. Onde o substrato é menos resistente à ação erosiva das águas, formam-se os típicos canais e regueiras que sulcam o sapal num emaranhado dendrítico.

As condições de formação e a dinâmica das dunas revelam que estas são estruturas em constante mudança. A proximidade do mar atua como fator fortemente seletivo na instalação e crescimento da sua vegetação. Não é por acaso que, no lado virado ao mar, são escassas as composições florísticas e no interior da duna, criam-se condições mais favoráveis para uma fixação mais diversificada, abrigando inúmeras espécies nas encostas voltadas para o interior e nas dunas mais recuadas face ao mar, salientando-se a presença de plantas endémicas, que existem exclusivamente em Portugal.

A Ria Formosa abrange a área de jurisdição de cinco concelhos do sotavento algarvio: Faro, Loulé, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António. Todos os concelhos têm usufruído do recurso natural da Ria Formosa como elemento estruturante da paisagem. As atividades ancestrais ligadas à pesca, marisqueio, salicultura e moluscicultura que contribuíram para o enriquecimento do território valorizando-o cultural, social económica e paisagisticamente.

Trata-se de uma área protegida pelo estatuto de Parque Natural, atribuído pelo Decreto-lei n.º 373/87 de 9 de Dezembro de 1987. O Parque Natural da Ria Formosa enquadra-se numa região de clima mediterrânico, de características semi-áridas, com uma estação seca prolongada, durante os meses de Verão, e com um Inverno ameno devido à influência do fluxo atlântico do oeste, e pelo fato de se encontrar longe das regiões de origem das massas de ar polar continental, onde as temperaturas são amenas e a insolação elevada.

Em 2010, a Ria Formosa foi eleita uma das sete maravilhas naturais de Portugal na categoria de zonas marinhas, categoria a que também concorriam o Arquipélago das Berlengas e a Ponta de Sagres.

Faro possui uma relação privilegiada com a Ria Formosa pois é ponto de partida para a prática de atividades náuticas marítimo turísticas. Atividades de Turismo de Natureza, como é o caso do Birdwatching, contam com milhões de aficionados na Europa e encontram na Ria Formosa, sobretudo, no canal de Faro – o principal e mais profundo – uma quantidade de espécies que vai aumentando com a aproximação dos sapais. Corvos marinhos de faces brancas, patos mergulhões, chilretas, pernilongas, limícolas, cotovias de crista são algumas das espécies que, partindo de Faro de barco, podem ser observadas nos canais da Ria Formosa.

Ilha da Culatra – Ilha do Farol de Santa Maria

A Ilha da Culatra é composta por três núcleos populacionais: Culatra, os Hangares e o Farol. O acesso a esta ilha barreira é feito através de Olhão e Faro através de carreiras regulares de barco num percurso de aproximadamente trinta minutos. A Culatra é banhada pelas águas da Ria Formosa e a Sul pelo Oceano Atlântico, possuindo praia marítima e fluvial.

No núcleo do Farol encontra-se o Farol do Cabo de Santa Maria, cuja construção remonta a 1851. Implantado a 2500 metros a ENE do Cabo de Santa Maria, o Farol mais a Sul de Portugal tem 47 m de altura e tem um alcance luminoso de 25 milhas náuticas. No Verão à comunidade piscatória residente na Ilha da Culatra, juntam-se os veraneantes, que procuram as suas praias de areias finas, águas límpidas e de temperatura agradável.

A Ilha da Culatra é um refúgio natural de embarcações de pesca, às quais no Verão somam-se centenas de veleiros e iates portugueses e estrangeiros, que ancoram nas suas águas calmas, em busca da sua gastronomia à base de peixe fresco e marisco. Um outro atrativo para estes velejadores é a pesca desportiva de espécies como o sargo, garoupa, muges, peixe-espada e tunídeos.

Praia de Faro

Também conhecida por “Ilha de Faro”, esta extensão de areia faz parte da Península do Ancão, que delimita a Ria Formosa a poente e donde se pode obter uma vista privilegiada sobre a serra e sobre a cidade de Faro.

O acesso viário faz-se através duma estreita ponte que atravessa a Ria Formosa. No Verão, a “ilha de Faro” está, igualmente, acessível por barco através do Cais das Portas do Sol. É possível fazer praia no estreito cordão arenoso virado a Norte, para um canal da Ria Formosa, A utilização deste plano de água é ótima para a prática de desportos náuticos (jetski, canoagem, remo, windsurf, vela, etc.). No Centro náutico da Praia de Faro é feita a iniciação às Modalidades Náuticas e disponibilizado ao público, equipamento para vela, windsurf e canoagem.

Ilha Deserta

A Ilha Deserta, numa extensão de dez quilómetros de praia, é uma das mais bem conservadas e menos frequentadas da região. O acesso faz-se por mar, a partir do Cais da Porta Nova, sendo a travessia muito agradável, podendo observar-se os labirintos de areia e vasa da Ria Formosa, canais e bancos de sapal. Pelo caminho há que prestar também atenção às diversas aves, que por aqui se alimentam, como os flamingos.


Clima


Quanto ao clima, é mediterrânico, um clima em que a temperatura é amena durante todo o ano, um clima em que podemos desfrutar do sol mais de 300 dias por ano, e em que os meses que são verdadeiramente chuvosos são reduzidos em dois, Novembro e Dezembro. A temperatura no verão, durante o dia anda entre os 25 e 30 graus, e entre 15 e 20 graus no Inverno, salvo excepções. Durante a noite, as mínimas no Inverno andam por volta de 6 ou 7 graus e no Verão entre 15 e 20 graus.

Os meses mais quentes são os de Julho e Agosto. Os meses mais chuvosos são Novembro e Dezembro. Os meses mais frios são Janeiro e Fevereiro.

Demografia

Palácio Episcopal.

População do concelho de Faro (1801 – 2009)

1801 - 23 881
1849 - 18 733
1900 - 34 104
1930 - 28 456
1960 - 35 651
1981 - 45 109
1991 - 50 761
2001 - 58 051
2004 - 58 698
2009 - 58 675

Gastronomia

A Doca de Faro.

A gastronomia algarvia com reminiscências da presença dos romanos e dos árabes na região, e pela proximidade à Ria Formosa e ao Oceano Atlântico, têm por base peixe, marisco e produtos do campo, confeccionados em cataplanas, guisados e cozidos ou na grelha. Os carapaus, biqueirões e sardinhas alimados, as amêijoas e berbigões ao natural, o arroz de lingueirão, as cataplanas, caldeiradas e massinhas com peixe são pratos típicos de Faro. As papas de milho, mais conhecidas como xarém, são um dos ex-libris da região. As carnes também constam nos cardápios da região, numa mistura com marisco.

Nas sobremesas predominam as doçarias à base de frutos secos como bolos de amêndoa, figo e alfarroba.

Com uma região vinícola demarcada, de clima tipicamente mediterrânico, que utiliza castas tradicionais para produzir vinhos de qualidade, com sabor a fruto, baixa acidez e a que o sol dá uma graduação elevada, os vinhos e aguardentes juntam-se à tradição gastronómica do Algarve.

Principais Eventos

Concentração Motard de Faro

Faro é reconhecida internacionalmente como a capital europeia de motards. Todos os anos, milhares de motards de todo o mundo viajam para Faro, no mês de Julho, para participar na Concentração Internacional de Motos. Um dos eventos de destaque é o desfile das motos pelas ruas da capital num Domingo, último dia da concentração.

Folkfaro - Folclore Internacional da Cidade de Faro

Uma iniciativa do Grupo Folclórico de Faro, cuja primeira edição foi em 2003, colocou Faro na rota dos grandes festivais de folclore da Europa.Constam da programação do Folkfaro, espectáculos de folclore nacional e internacional, ateliers de dança, folclore para crianças, galas temáticas e animações de rua.

Feira de Santa Iria

As origens da Feira de Santa Iria remontam ao ano de 1596. Reza a história, que esta Feira começou no reinado de D. Filipe I após o incêndio que a cidade sofreu na sequência do saque das tropas inglesas do Conde de Essex em 1596. Com o saque e o incêndio, a cidade ficou desprovida de inúmeras infra-estruturas e os seus habitantes padeciam de fome e peste, pelo que a realização desta feira procurava, de alguma forma prestar auxílio à população carenciada, e incrementar também as transacções comerciais. Inicialmente tratava-se de uma feira “forra e franca”, ou seja, os feirantes estavam isentos de pagar impostos do que vendiam, não se sabendo ao certo quando terminou esta isenção. A associação da Feira ao nome de Santa Iria, prende-se com o fato da sua data de realização ter sido marcada para o Dia de Santa Iria (20 de Outubro). A Feira de Santa Iria realiza-se no Largo de S. Francisco, na segunda quinzena de Outubro, mantendo as suas características populares Nela se podem encontrar uma grande diversidade de atrativos: stands institucionais; exposições gerais; divertimentos para crianças e adultos; comes e bebes; artesanato; venda de produtos diversos.


Património

Os Seminário e Paço Episcopal (à direita) vistos da entrada da Sé de Faro.

Freguesia da Sé

* Sé Catedral de Faro ou Igreja de Santa Maria
* Paço Episcopal
* Seminário Episcopal
* Convento de Nossa Senhora da Assumpção ou Museu Municipal
* Convento de São Francisco
* Igreja da Misericórdia
* Igreja da Ordem Terceira de São Francisco ou Igreja de São Francisco
* Ermida de São Luís
* Ermida de Nossa Senhora da Esperança
* Ermida do Pé da Cruz ou Ermida de Nossa Senhora do Pé da Cruz e zona envolvente
* Ermida de Santo António do Alto
* Ermida de Nossa Senhora do Ó (Faro) ou Ermida de Nossa Senhora d´ Entre Ambalas Águas(Faro)
* Fortaleza de Faro ou Muralhas de Faro
* "Castelo" ou Fábrica da Cerveja
* Arco da Vila
* Arco do Repouso
* Arco da Porta Nova (Faro)
* Celeiro de São Francisco
* Casa das Açafatas
* Governo Civil
* Paços do Concelho
* Palacete Belmarço ou Palácio Belmarço
* Palacete Doglioni ou Palacete Cúmano
* Casa de José Maria Assis
* Palácio Fialho (Colégio do Alto)
* Palacete Ferreira de Almeida (na Praça Ferreira de Almeida)
* Palacete Guerreirinho
* Banco de Portugal (Delegação de Faro)
* Cemitério da Colónia Judaica de Faro
* Teatro Lethes ou Colégio de Santiago Maior
* Casa Lamprier ou Casa dos Lamprier

Freguesia de São Pedro

* Igreja Matriz de São Pedro ou Igreja de São Pedro
* Igreja do Carmo (Faro)
* Ermida de São Sebastião (Faro)
* Ermida da Madalena
* Casa do Compromisso Maritimo
* Casa da janela seiscentista
* Casa de João Carvalho Ferreira
* Casa dos Lamprier
* Casa das Figuras
* Horta do Ourives
* Palácio Bívar
* Casa de Saúde (Faro)

Freguesia de Estoi


* Ruínas romanas de Milreu
* Palácio de Estoi
* Igreja de São Martinho de Estoi
* Cruzeiro do Pé da Cruz

Freguesia da Conceição

* Igreja Matriz da Conceição

Freguesia de Santa Bárbara de Nexe

* Igreja Matriz de Santa Bárbara de Nexe
* Ermida de Santa Catarina-Gorjões
Espaços Culturais

Museu Municipal de Faro

Inaugurado em 1894, o Museu Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique encontra-se instalado desde 1973 no antigo Convento de Nossa Senhora da Assumpção, atual Museu Municipal de Faro. O Museu conta a história da cidade e da região, através de coleções de arqueologia e pintura, tendo obtido o Prémio de Melhor Museu Português pela Associação Portuguesa de Museologia em 2005. Possui um acervo bastante diversificado, na sua maioria proveniente de doações, contando com um espólio dividido por 29 coleções num total de cerca de 12 500 objetos inventariados.

Museu Marítimo Almirante Ramalho Ortigão

Fundado em 1931, o atual Museu Marítimo, anexo ao Departamento Marítimo do Sul, reinstalado neste edifício em 1964 pelo Comandante Carlos Pacheco Pinto, foi organizado sobre as cinzas do antigo Museu Industrial Marítimo criado em 1889. A sua coleção reúne cerca de 250 peças referentes à temática marítima e à atividade pesqueira. É tutelado pelo Museu de Marinha, em Lisboa.

Museu Regional do Algarve

O Museu Regional do Algarve, criado na década de sessenta do século XX com o nome de Museu Etnográfico e Regional do Algarve, funciona no edifício da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve e apresenta uma coleção recolhida, na sua maioria, por Carlos Porfírio. Esta centra-se em utensílios de trabalho e domésticos, e por o que se costuma designar de “arte popular” (cestaria, tapeçaria, etc.). Fazem, ainda, parte do espólio grandes telas da autoria de Carlos Porfírio, pintor farense, nas quais são ilustradas as tradições algarvias.

Teatro Municipal de Faro/Teatro das Figuras

Inaugurado em 1 de Julho de 2005, o Teatro das Figuras é um equipamento cultural cuja importância ultrapassa largamente o horizonte concelhio, constituindo um marco decisivo na consolidação da vida cultural da região. Com uma capacidade de 786 lugares, o Teatro Municipal de Faro é reconhecido pela qualidade e versatilidade dos equipamentos, pelas características multidisciplinares da programação, pelo acolhimento de criadores contemporâneos, locais e regionais, a par da apetência em participar em redes, parcerias e com produções nacionais e internacionais. A gestão da programação do Teatro das Figuras e do Teatro Lethes está entregue à empresa Teatro Municipal de Faro, EM, criada para o efeito.

Teatro Lethes

Em meados de 2001, após a conclusão das obras de consolidação e restauro, o Ministério da Cultura, através da Direção Regional do Algarve, celebra com o Município de Faro um protocolo de colaboração pelo qual a autarquia passa a ser responsável pela programação do Teatro Lethes, assumindo todas as despesas daí decorrentes. A Delegação Regional da Cultura cede para o efeito e a título gratuito, o direito de utilização da sala de espetáculos e respectivos espaços técnicos, bem como o equipamento existente. Este acordo visou possibilitar uma melhor articulação da programação do Teatro Lethes com a do novo Teatro Municipal.

Biblioteca Municipal António Ramos Rosa

Situada no Jardim da Alameda foi inaugurada em 23 de Abril de 2001, tendo sido mantida a fachada neo-islâmica do edifício original, o antigo matadouro municipal desativado em 1980.

Ligações Exteriores

  • Museus no site da Câmara Municipal de Faro
  • Teatro Municipal de Faro EM.

Educação
Universidade do Algarve

Em Faro situa-se a Universidade do Algarve, um estabelecimento de ensino superior público fundado em 1979, composta por três campi, Penha, Gambelas e Saúde, na cidade de Faro e um campus em Portimão. Composta por três estruturas de Ensino Universitário: Faculdade de Economia, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e Faculdade de Ciências e Tecnologia e quatro de Ensino Politécnico: Escola Superior de Saúde, Escola Superior de Educação e Comunicação, Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo e Instituto Superior de Engenharia, a universidade conta com cerca de dez mil alunos.

Escola de Hotelaria e Turismo

A funcionar em Faro desde 1966, no Palacete Doglioni a partir de 1970, onde permaneceu até 1995, a Escola de Hotelaria e Turismo atualmente, funciona nas instalações do antigo Convento de São Francisco. Esta escola, referência nacional na formação na área da hotelaria e turismo, encontra-se integrada na rede de dezesseis escolas do Turismo de Portugal.

Desporto

Estádio Algarve

A mais importante infraestrutura desportiva do concelho é o Estádio Algarve, construído para o Campeonato Europeu de Futebol que teve lugar em Portugal no ano de 2004. O estádio localiza-se no Parque das Cidades numa zona fronteira dos concelhos de Loulé e de Faro. Atualmente (2011) é utilizado pelo Sporting Clube Farense e pelo Louletano Desportos Clube, e em virtude de nenhuma das equipas estar na 1ª liga de futebol profissional, as câmaras municipais das duas cidades têm unido esforços no sentido de atrair eventos dinamizando as excelentes infraestruturas à disposição. Deste modo o estádio tem sido palco de numerosos eventos desportivos, como vários jogos oficiais da Seleção Portuguesa de Futebol, a Supertaça em 2005 e a Final da Taça da Liga em 2008, e culturais como o Algarve Summer Festival. O Rally de Portugal tem tido nos últimos anos como pano de fundo este estádio, sendo aproveitado toda a zona envolvente.

Pista de Atletismo de Faro


Equipamento recente foi foi inaugurado com a realização da final de clubes de Atletismo da I e II Divisão, situação na entrada de Faro (entrada de Olhão) enquadrado numa zona desportiva.

Caracterização da pista

8 corredores 4 Caixas de saltos horizontais 1 Colchão de salto em Altura 1 Colchão de Salto com Vara 2 Círculos de Lançamento do Peso 1 Gaiola de lançamento do Disco e Martelo

Sporting Clube Farense

O maior clube da cidade é o Sporting Clube Farense, que é ainda a instituição desportiva com mais historial do Algarve.

Apesar de atualmente (2008/2009) militar na 3ª Divisão Nacional - Série F, a sua equipa de futebol já conseguiu uma presença na Final da Taça de Portugal no Estádio Nacional do Jamor, na época de 1989/1990, um 5º lugar na 1ª Divisão em 1994/1995, que ainda lhe valeu uma participação na Taça UEFA no ano seguinte. Dando resposta à séria crise financeira que assolou a equipa no princípio da corrente década que a levou ao patamar mais baixo do futebol, o Sporting Clube Farense subiu consecutivamente de divisão nas épocas de 2006/2007 e 2007/2008, regressando desta feita à terceira divisão nacional onde tenta regressar rapidamente ao convívio dos grandes do futebol português.

O clube é ainda conhecido pelo seu conjunto de Basquetebol, que tem tido excelentes resultados sendo por varias vezes campeã do algarve.

Outros clubes

A cidade possui mais dois clubes de futebol - o Sport Faro e Benfica e o FC 11 Esperanças. A primeira equipa milita na 1ª Divisão Distrital do Algarve, enquanto que a segunda joga na 2ª Divisão Distrital do Algarve.

Atletismo

  • Casa do Benfica de Faro
  • Núcleo Sportinguista de Faro
  • Clube Desportivo Faro XXI
Farenses Ilustres

Dom Francisco Gomes do Avelar

É enorme a importância de Dom Francisco Gomes do Avelar (1739-1816), cujo bispado decorreu entre 1789 e 1816 , na história de Faro. Deve-se a este prelado a recuperação de diversos edifícios eclesiásticos na cidade e no resto do Algarve, sobretudo, após a destruição provocada pelo Terramoto de 1755.

Mário Lyster Franco

Mário Augusto Barbosa Lyster Franco, de seu nome completo, nasceu em Faro a 19 de Fevereiro de 1902, no seio de uma família ilustre. Seu pai, o pintor Carlos Augusto Lyster Franco foi uma das personalidades mais distintas e admiradas na sociedade farense dos princípios do século XX.

Licenciado em Direito, foi Presidente da Câmara Municipal de Faro durante dois mandatos, de 1932-34 a 1937-39, prosseguindo depois ainda mais alguns anos como vereador. Nesse âmbito, importa realçar que ao Dr. Mário Lyster Franco se ficaram a dever grandes melhoramentos locais, nomeadamente nas infra-estruturas de abastecimento de águas, eletricidade e esgotos, assim como na abertura de novas vias de acesso nas freguesias rurais do concelho, assim como a criação em 1932 do Museu Antonino de Faro, e as suas iniciativas nas colunas do «Diário de Notícias» e da imprensa regional para os monumentos a D. Francisco Gomes do Avelar, Ferreira de Almeida e Ataíde Oliveira.

Assumiu em 1946 a direção do semanário «Correio do Sul», um dos mais prestigiados órgãos da imprensa algarvia de todos os tempos, ao leme do qual se manteria quase quarenta anos. A lista de obras de Mário Lyster Franco reparte-se entre a arqueologia, a história e a literatura algarvia, num total de trinta títulos, dos quais nunca se fez uma reedição.

Faleceu em Lisboa, em 20 de Agosto de 1984.

José António Pinheiro e Rosa

José António Pinheiro e Rosa, escritor, compositor e professor, nasceu em Faro, em 5 de Maio de 1908 e faleceu na mesma cidade em 1995.Especialmente dotado para a música foi organista e compositor, sendo autor de algumas peças musicais de carácter religioso.

Diretor da Biblioteca e dos Museus Municipais da cidade foi, ainda professor da Escola Tomás Cabreira, de Faro, entre 1967 e 1975 e responsável nesse mesmo período pelas ruínas romanas de Milreu. Foi também o diretor dos Anais do Município de Faro, publicando 15 volumes de 1969 a 1983. Membro da Academia Portuguesa da História, dedicou mais de meio século da sua vida à investigação da história e Arte Sacra do Algarve.

Adelino da Palma Carlos

Adelino Hermitério da Palma Carlos nasceu em Faro em 3 de Março de 1905 e faleceu em Lisboa em 25 de Outubro de 1992. Professor universitário, destacado republicano histórico e opositor do Estado Novo, advogado e político português foi Primeiro-Ministro do I Governo Provisório de Portugal. Bastonário da Ordem dos Advogados teve um importante papel na consolidação institucional e na internacionalização daquela corporação. Adelino Palma Carlos foi, igualmente, Grão-mestre do Grande Oriente Lusitano, a principal organização da maçonaria portuguesa.

Carlos Porfirio

Carlos Filipe Porfírio, pintor e cineasta, nasceu em Faro em 29 de Março de 1895 e faleceu 25 de Novembro de 1980. Toda a sua obra artística revela uma grande influência futurista, fruto dos contatos que teve tido com figuras ilustres do movimento futurista, em Portugal, Espanha e França. Em Madrid e Paris frequentou centros artísticos e intelectuais e expôs individual e coletivamente as suas obras. Foi diretor e editor do "Portugal Futurista".

Enquanto cineasta dirigiu os filmes de fundo "Sonho de Amor" (1945) e "Um grito na Noite" (1948). Também a este artista deve-se a criação do Museu Etnográfico de Faro. Foi considerado um dos maiores pintores contemporâneos algarvios.

O pintor e cineasta Carlos Filipe Porfírio foi, sem dúvida, um dos mais assinalados valores da cultura algarvia do século XX e com enorme ressonância no contexto nacional.

Ator Nascimento Fernandes

Manuel Fernandes do Nascimento, mais conhecido por Nascimento Fernandes, nasceu em Faro em 6 de Novembro de 1881 e veio a falecer em Lisboa a 6 de Dezembro de 1955. Aos 4 anos de idade, os seus pais rumaram a Lisboa. Nessa cidade ingressou no curso de Medicina, o qual viria a abandonar em detrimento do Teatro. Nascimento Fernandes chegou a escrever peças de teatro e textos para os espectáculos do Parque Mayer. A sua carreira passou a contar notáveis interpretações cómicas em comédias ou revistas. Em 1907, estreou-se no cinema português, participando no filme “O Rapto de uma Atriz”, de Freire Correia. Muito mais tarde, com o aparecimento do cinema sonoro foi convidado pelo realizador Manuel de Oliveira para escrever os diálogos e participar em “Aniki-Bobó” (1942). Os últimos anos da sua vida foram marcados pela miséria e doença.

Assis Esperança

António Assis Esperança nasceu em Faro a 27 de Março de 1892 e faleceu em Lisboa em 3 de Março de 1975. Escritor, autor de vários romances, peças teatrais e novelas, arrecadou inúmeros prémios e distinções literárias. A par da faceta de escritor, enquanto jornalista deu o seu contributo na Seara Nova, “o Diabo” e “Vértice”, tendo sido Diretor do jornal de crítica teatral “A Crítica”.

António Ramos Rosa

António Vítor Ramos Rosa nasceu em 17 de Outubro de 1924, em Faro. Fez estudos secundários, trabalhando como empregado de escritório, correspondente comercial, professor e tradutor. Nos anos cinquenta, radica-se em Lisboa, vindo a ser diretor das revistas literárias Árvore, Cassiopeia e Cadernos do Meio-Dia, tornando-se conhecido como ensaísta e crítico literário. A partir de 1958, com a publicação do livro Grito Claro, torna-se conhecido como poeta. António Ramos Rosa recebeu, entre outros, o prémio Fernando Pessoa, em 1988; o prémio PEN Clube Português e o Grande Prémio de Poesia Associação Portuguesa de Escritores/CTT -Correios de Portugal, em 2006, pela obra Génese (2005); e o prémio Luís Miguel Nava (2006) pelas obras de poesia publicadas no ano anterior: Génese e Constelações.

Teresa Rita Lopes

Natural de Faro onde nasceu em 1937, Teresa Rita Lopes é uma das maiores especialistas contemporâneas da obra de Fernando Pessoa. Professora Catedrática da Universidade Nova de Lisboa tem dedicado o seu percurso profissional à investigação e produção de obras notáveis sobre Pessoa. Tem, de igual modo, colaborado regularmente em várias publicações literárias portuguesas e estrangeiras, quer no domínio do ensaio, quer da poesia.

A farense Teresa Rita Lopes tem, igualmente, peças de teatro publicadas e representadas em Portugal e no estrangeiro.

Carlos Quintas

Nasceu em Faro a 9 de Abril de 1951. Com uma carreira artística versátil, é ator mas, também já foi cantor. Começou a representar em 1971 em Luanda, Angola, cidade onde, ganhou também um Festival da Canção e, um Prémio Cantor Revelação. Estreou-se em Portugal, em 1975 junto a Laura Alves. Abandonou a carreira de músico em 1982, dedicando-se em exclusivo ao teatro. Tem feito também televisão; entrou em vários programas de comédia e, numa telenovela, tudo na RTP. Participou também em cinema, no filme Camarate, de Luís Filipe Rocha. Desde meados dos anos noventa, tem representado quase em todas as peças de Filipe La Féria, sendo atualmente ator residente no Teatro Politeama, em Lisboa.

Filipe Ferrer

Filipe Lopes do Rosário, mais conhecido por Filipe Ferrer, ator e dramaturgo nascido em 25 de Agosto de 1936, em Faro, e falecido a 26 de Junho de 2007, em Lisboa. Ao longo da sua carreira integrou várias companhias teatrais, destacando-se a Companhia Nacional de Teatro, o Teatro Estúdio de Lisboa, o Teatro do Nosso Tempo e a Casa da Comédia. Nos palcos desta última, protagonizou, em 2005, As Pestanas de Greta Garbo, uma peça da sua autoria. Participou em mais de sessenta filmes, quinze séries televisivas, telenovelas e outras tantas peças de teatro.

Referências

1. ↑ UMA POPULAÇÃO QUE SE URBANIZA, Uma avaliação recente - Cidades, 2004. Instituto Geográfico Português. Página visitada em 9 de Agosto de 2010.
2. ↑ Pela Lei n.º 32/2005, de 28 de Janeiro, a Assembleia da República estabeleceu que "a povoação e a freguesia de Estói, no município de Faro, passam a denominar-se Estoi"
3. ↑ a b Informação Meteorológica para Faro.

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